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sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

SER HUMANO? ONDE? BOLAS DA VEZ EM CAÇAPAS MIDIÁTICAS

SER HUMANO? ONDE? BOLAS DA VEZ EM CAÇAPAS MIDIÁTICAS

Laerte Braga

William Bonner me causou a impressão de estar em êxtase absoluto quando anunciou o robô que toca violino. A sensação que havia descido direto do Nirvana/Projac e anunciava ao mundo que sua espécie podia tocar violinos como os humanos e, portanto, humanos são dispensáveis, cada vez mais.

Encarnou o enviado divino irado ao dar a notícia do avião venezuelano que fora forçado a pousar em território brasileiro com suspeitas de estar levando armas para a Bolívia e após vistoria constatar que nenhuma arma estava a bordo.

O momento de exorcizar os demônios que afligem Wall Street, o todo poderoso senhor da Terra e da humanidade.

É fácil noticiar irregularidades no Estado de Alagoas, prisões de ex-governadores, mas é difícil tocar nas irregularidades públicas e notórias do governo do paulista Geraldo Alckimin, idênticas às praticadas pelo ex-governador preso.

O JORNAL NACIONAL, porta voz da república da FIESP, um estranho corpo fascista dentro do Brasil e localizado em São Paulo, uma espécie de vírus que sonega até o último centavo, franziu o cenho quando do discurso do presidente Lula sobre a insensibilidade de senadores de oposição quando se tratava de votar a CPMF.

Todos vestem DASLU e sem sonegar o produto fica mais caro.

Mostram o senador Mão Santa exibindo um versículo de Mateus. Mão Santa foi afastado do governo do Piauí por corrupção e neste momento beneficia-se da imunidade parlamentar para não estar na cadeia, como de resto, a imensa e esmagadora maioria de senadores e deputados.

Sobre isso nenhuma palavra.

Telespectadores são como Homer Simpson, o idiota simpático de uma das mais famosas séries de televisão mundial, por ironia, crítica do modelo existencial vigente.

O ser humano transformado em objeto, mercadoria, guindado à condição de aplaudir robôs que tocam violino.

Quanto custou um robô desses? As pesquisas em torno dessa engenhoca? Quantos seres humanos não teriam sido alimentados com esse dinheiro? Na África por exemplo?

O brilho do néon, o fascínio da imagem, a sociedade do espetáculo, a vida vista pela ótica do último modelo de tênis e toda essa parafernália que faz do humano mero espectador diante de todo esse processo de bolas encaçapadas em caçapas iluminadas pelas luzes do Natal.

Putz! Os caras são mágicos.

Aprisionam almas e corações num alquidar enterrado nas salas da CIA, onde são destruídas as provas da tortura e da violência do principal enviado divino, George Bush.

E quem disse que não tem dez por cento? Claro que tem, muito mais. Tem o petróleo, a água, as fontes básicas da vida destruídas pelo que chamam de progresso, um insano processo de predação do meio-ambiente.

Walt Disney, especialista em criar mitos ao som dos interesses norte-americanos produziu uma vez um documentário onde exibe as matemáticas tacadas capazes de encaçapar todas as bolas de uma só vez.

É só tirar da pasta e ir colocando uma a uma. O sorriso é colgate e o sabonete é lux o de nove entre dez estrelas, no tempo que existiam estrelas.

Fazer o que? Há que se repetir sempre que há um que deixa e um que faz.

E pregadores do apocalipse.

Qual a razão da ira dos senadores senhores distintos e de honra insuspeitável para não votar a CPMF? Alimenta milhões de famílias? Permite melhorias tímidas, mas constantes nos serviços públicos de saúde?

É lógico, os distintos e honoráveis chefes das máfias chamadas partidos, tucanos, DEMocratas e outras menores (falo de máfias) criaram o imposto para eles, estão de olho nas eleições de 2010 e dane-se o resto, o negócio é a chave do cofre.

Cada nome e cada rosto de cada Mão Santa tem que ser levado a cada canto do Brasil para que se veja a santidade de figuras acima de qualquer suspeita e que decidem os destinos do País. Deles é lógico. Renan foi absolvido.

A Editora Planeta está lançando no Brasil o livro “O poder e a glória”, uma longa pesquisa sobre o pontificado de João Paulo II, o que queriam fosse transformado em santo agora, dispensando os “trâmites normais de canonização”. É do jornalista David Yallop.

Exibe a verdadeira face de um papa/produto, de puro marketing de um pontífice que protegeu pedófilos, patrocinou corruptos e não deixa dúvidas que João Paulo I, o cardeal Albino Luciani, morreu um mês após ter sido escolhido quando manifestou intenção de investigar o Banco do Vaticano. Não suportou as pressões dos mafiosos.

No papado de João Paulo II, a imagem externa da bondade, a crueldade de um ditador sem entranhas, sem respeito por coisa alguma que não interesses de grupos que assumiram o controle da Igreja e se estendem a Bento XVI. O cardeal Marcinkus, responsável pelo banco, não podia sair do Vaticano. Tinha ordem de prisão decretada pela Justiça italiana, era parceiro de outras máfias, Camorra, Cosanostra, etc, nos trambiques de banqueiros em qualquer lugar onde exista um banco e um banqueiro, lógico. Há uma citação no filme “O poderoso chefão 3” sobre a morte de Luciani e a eleição de João Paulo II e os lucros dos “negócios” garantidos.

“Cheguei à conclusão que João Paulo II era corrupto”. A afirmação é de Yallop.

O livro é todo calcado em documentos e depoimentos.

Santo né? Aqui em Minas se costuma dizer que do pau oco.

A cura é simples. Vem em medicação midiática, em nosso caso GLOBO, VEJA, FOLHA DE SÃO PAULO, ESTADÃO, ÉPOCA, etc, etc, doses cavalares de Xuxa, Angélica, os rolex do marido de Angélica, o tal do Hulk (coitado) e agora celular dispensa quem fale ou quem ouça. Como diz Millôr, “tem vida própria”.

Quando a porta do elevador se abrir e você chegar ao térreo, descendo do quinto, pode ter certeza que a alma e coração estão presos nas caçapas da bondade a cores, em linhas digitais e que esse modelo se estende a todo o mundo.

Eu? Invento como a música. Invento o sol, invento o mundo, invento a vida. Vou inventando e procurando, sei que existe, CFT.

Não tem importância que esteja numa ilha que Delfoe criou para Crusoés contemporâneos. Lá não tem Sexta-Feira, o pobre infeliz que catequizo, nem vai chegar nenhum navio salvador. Os mares estão poluídos e as baleias estão sumindo. Japonês entende é de robô que toca violino.

Existe tão somente um telescópio imaginário onde busco localizar essa constelação CFT e no canto da cabana um retrato desbotado porque velho, de Claudia Cardinalle.

O resto é bobagem. Basta andar na linha e aceitar a inspeção anual para renovar o humanímetro do Instituto Nacional de Pesos, Medidas e Vidas. Os fiscais olham se está direitinho, você paga a taxa e eles permitem a vida renovável até que se esgote o prazo de validade para o mercado.

Ah! Sabe esse negócio muçulmano atrasado, de voltar-se tantas vezes para Meca e orar? É porque os caras querem que você se volte para Wall Street e dê graças a Deus (quer dizer Bush) por estar rolando na mesa de sinuca.

Um dia quem sabe chega a bola sete.

Até lá vai brincando de bater cabeça. De mundo real e mundo irreal.

E um detalhe, o Bonner nunca aparece descido dos céus no horário certo, ele costuma atrasar um pouco, oito e quinze, oito e vinte, por aí.

É para aumentar o suspense sobre a revelação de cada dia.

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